Seminários técnicos regionais estão sendo realizados pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), com o objetivo de apresentar às instituições do Amapá os instrumentos de captação de recursos para fortalecer o ecossistema. O evento acontece no auditório do Senai, tendo sido iniciado ontem (14) e encerra nesta quarta-feira (15).

Os recursos em questão serão direcionados para reestruturação de laboratórios de pesquisa científica, com fomento a empresas que trabalham com inovação.  Há também a possibilidade de captação via editais que o Ministério lança por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O vice-governador Teles Júnior comentou que um dos desafios da política pública na área econômica na Amazônia é dotar as empresas de instrumentos de inovação para ampliar a produtividade e se tornem competitivas, alcancem a economia de escala e produtos de qualidade. “É um esforço que o Governo do Estado, juntamente com o governo federal, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, tem feito para estimular o surgimento de cadeias inovadoras, para abertura de novos mercados, sobretudo para aquilo que a Amazônia tem de vantagens competitivas e comparativas, muito especialmente na bioeconomia”.

Historicamente os recursos públicos para o ecossistema e a pesquisa são concentrados nas regiões Sul e Sudeste, o que levou a uma menor presença de pesquisadores em biomas como a Amazônia. “Precisamos ter uma capacidade instalada maior com recursos humanos, equipamentos e laboratórios. Com essas condições a gente disputa melhor esses recursos, porque o Sul e o Sudeste têm essa capacidade instalada maior do que a disponível na Amazônia. Então esse é o nosso grande desafio”, frisou o secretário Edivan Andrade.

O seminário conta com a participação de Dorival da Costa dos Santos, subsecretário de Ciência e Tecnologia para a Amazônia, do MCTI. “A própria criação dessa secretaria já é sinalização de um olhar específico para a Amazônia, cuja realidade geográfica e sociobiodiversidade é muito diferente das demais regiões do país. Inclusive isso impacta em custos, principalmente estruturas”.