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Petrobras apresenta ao governador Clécio Luís a maior estrutura de pronta resposta do Brasil para a Costa do Amapá

Jornal O Amapá | 29/01/2025

Petrobras apresenta ao governador Clécio Luís a maior estrutura de pronta resposta do Brasil para a Costa do Amapá
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A Petrobras apresentou ao governador Clécio Luís nesta quarta-feira, 29, a estrutura de pronta resposta para eventuais acidentes durante a pesquisa e futura exploração de petróleo na Costa do Amapá. O plano de segurança é o maior do Brasil e recebeu investimentos superiores aos aplicados em bacias do Sudeste, que contam com centenas de poços e 66 plataformas em operação. 

A iniciativa atende aos requisitos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o licenciamento da área e inclui uma sonda, 12 embarcações, três helicópteros, um Centro de Defesa Ambiental e dois Centros de Despetrolização e Reabilitação de Fauna: um em Belém, operando desde 2023, e outro em Oiapoque, que será finalizado no primeiro trimestre deste ano. 

"A construção da unidade de fauna em Oiapoque foi licenciada pela nossa Secretaria de Estado do Meio Ambiente, atendendo a todos os requisitos, e deve ser concluída em março. Se esse era o último requisito, ele deveria ter sido colocado como condicionante, para que pudéssemos nos preparar da melhor maneira possível, sem abrir mão das questões ambientais. Não há incompatibilidade nesse sentido", destacou o governador Clécio Luís. 


Governador Clécio Luís destacou os equipamentos de última geração e experiência da Petrobras em poços profundos
Foto: Maksuel Martins/GEA

As duas bases de acolhimento à fauna são as últimas condições para obter a licença de exploração na região. Em outubro do ano passado, o Ibama indeferiu o pedido da Petrobras para a exploração do petróleo na costa do Amapá. Entre os questionamentos, estava o tempo de reação em caso de eventual acidente e a ausência de um local mais próximo dos poços de petróleo para prestar assistência à fauna.  

Somente no sentido fluvial, serão seis embarcações de resposta à fauna, com veterinários e profissionais de prontidão. O resgate atenderá qualquer animal, independentemente da atividade em curso. Outras seis embarcações, equipadas para contenção e recolhimento de óleo, atuarão em esquema de carrossel, sempre duas ao lado da sonda. A estrutura também incluirá um porto em Belém e um aeródromo em Oiapoque. 


Gerente geral de Licenciamento e Conformidade Ambiental da Petrobras, Gustavo Limp
Foto: Maksuel Martins/GEA

“É uma estrutura que vamos usar só em casos necessários. A Petrobras conduz o projeto com total segurança, sem riscos adicionais. Apresentamos todos os estudos e equipamentos necessários para garantir a proteção ambiental. Nossa equipe conhece bem a área, realizando incursões constantes", afirmou o gerente-geral de Licenciamento e Conformidade Ambiental da Petrobras, Gustavo Limp.


Plano de Segurança do Amapá recebe mais investimentos do que plataformas de outras regiões já em operação
Foto: Maksuel Martins/GEA

As pesquisas e estudos sobre o potencial do petróleo na Margem Equatorial, que abrange áreas do Amapá ao Rio Grande do Norte, estão concentrados exclusivamente no bloco FZA-M-59, a mais de 2,8 mil metros de profundidade. A Petrobras já perfurou mais de 3 mil poços nessas condições sem causar qualquer dano ao meio ambiente. 


De verde, o gerente geral de Exploração da Margem Equatorial, Marcos Valério Galvão
Foto: Maksuel Martins/GEA

O gerente geral de Exploração da Margem Equatorial, Marcos Valério Galvão, explicou que o processo de mapeamento do petróleo leva cerca de cinco meses, mas os resultados efetivos da descoberta mineral demoram anos para serem alcançados. Ele enfatizou a importância de agilizar as licenças para que todos os envolvidos, especialmente a população, possam se preparar adequadamente. 
 
"É uma indústria de ciclo longo e capital intensivo. Demora cerca de 8 anos desde a descoberta até o uso efetivo da riqueza mineral, com projetos de longo prazo e uma vida útil de 30 anos. Acreditamos ser justa a preocupação ambiental. Estamos a 2.880 metros de profundidade, por isso, utilizamos equipamentos de última geração", finalizou Galvão.

Por Winicius Tavares