Pé na Areia Fazendinha estreia com música, ancestralidade e valorização da cultura amapaense
                                            O pôr do sol na Orla da Fazendinha ganhou um novo significado nesta sexta-feira (31), com o início do projeto “Pé na Areia Fazendinha”, que promete movimentar o Complexo Turístico todas as sextas-feiras. A programação reúne música, gastronomia e empreendedorismo em um dos cenários mais bonitos de Macapá, fortalecendo o turismo, a economia e a criatividade da cidade.
Na abertura, o público pôde apreciar a apresentação do grupo Mulheres Pretas na Percussão, que levou força, ritmo e ancestralidade para a beira do rio Amazonas. O regente e compositor Paulinho Bastos destacou que estar na programação é uma grande satisfação para o grupo, que vê na iniciativa um espaço de valorização da cultura e da inclusão artística.
Formado por mais de 70 mulheres, o grupo é ligado ao Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos e atua em diversos eventos culturais, promovendo o protagonismo feminino e a resistência por meio da música.
Apresentação de roda de marabaixo do grupo Mulheres Pretas na Percussão | Albert Soares/PMM
Além das atrações musicais, o evento contou com empreendedores locais que ofereceram produtos artesanais e comidas típicas da gastronomia amapaense. De acordo com a secretária Lidiane Pimentel, a iniciativa tem como foco fortalecer o turismo e impulsionar a economia criativa.
“É mais um atrativo para o nosso turismo, que tem avançado grandemente com o investimento da Prefeitura de Macapá, e hoje o nosso empreendedor precisa desse atrativo”, afirmou a secretária.
As secretárias Cristina Almeida (Improir), Lidiane Pimentel (Turismo) e Marciane Costa (Semtradi) durante a abertura do projeto Pé na Areia Fazendinha | Foto: Emanuelle Gomes/PMM
Entre o público, quem também se encantou com o projeto foi a professora Luciene de Alvarenga Lion, turista vinda da Bahia, que se emocionou com o espetáculo das percussões.
“Eu estou me sentindo reencontrando com uma ancestralidade. Ver o empoderamento de mulheres negras, com essa jovialidade, onde elas estão ali cantando e tocando. Essa mistura é muito importante para gente desvendar um novo mundo, e para mim está sendo maravilhoso”, disse.
Professora Luciene de Alvarenga Lion, turista da Bahia | Albert Soares/PMM
O Pé na Areia Fazendinha nasce com o propósito de transformar o espaço público em um ponto de encontro cultural e de lazer acessível, valorizando quem vive da arte e do trabalho local. E, enquanto o sol se despede em tons alaranjados sobre o rio, o público já se prepara para as próximas sextas-feiras, porque o pôr do sol na Fazendinha agora tem trilha sonora e alma amapaense.