Grupo ‘Gestar e Amar’ completa 1 ano de apoio emocional e médico para gestantes de alto risco em Macapá

Nesta quarta-feira (12), a Prefeitura de Macapá, através da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), comemorou o primeiro ano do grupo ‘Gestar e Amar’, que assiste gestantes de alto risco no Ambulatório da Mulher, no Centro de Especialidades Dr. Papaléo Paes. Além do pré-natal, que conta com uma equipe multiprofissional, o ambulatório realiza as atividades do grupo, que oferecem orientações sobre cuidados com recém-nascidos, preparo para o parto, pós-parto e direitos da gestante.
O ‘Gestar e Amar’ foi idealizado por profissionais da unidade, que identificaram a necessidade de um ponto de apoio seguro de suporte emocional e médico para as gestantes de alto risco encaminhadas ao centro de especialidades. Em seus primeiros 12 meses, mais de 800 participantes passaram pelas atividades e orientações.
Todo o processo, que pode durar a gestação inteira, inclui diversas capacitações para o empoderamento gestacional das futuras mães. Essas capacitações abordam detalhes da lei do acompanhante, a importância de uma rede de apoio conectada às necessidades durante a gestação e a atenção constante à mãe, que não pode ser deixada em segundo plano. Relata Maysa Melo, assistente social do ambulatório e uma das idealizadoras do projeto.
“São assuntos que algumas têm conhecimento, mas ainda são muito superficiais, e aqui a gente consegue abordar de uma forma bem leve, onde todas conseguem participar, tirar suas dúvidas e uma vai ajudando a outra nos assuntos. É um grupo muito bom, porque todas saem daqui informadas, orientadas e multiplicadoras dessas orientações”, relata Maysa Melo.
Maysa Melo é a assistente social do Ambulatório da Mulher | Foto: Jesiel Braga/PMM
Equipe multiprofissional que presta a assistência de pré-natal de alto risco no centro de especialidades | Jesiel Braga/PMM
A terapeuta ocupacional Alana Ribeiro, juntamente com a assistente social Maysa Melo, idealizaram o espaço acolhedor, que completa um ano neste mês de março. Alana relata também que muitas gestantes, além de enfrentarem uma gravidez de alto risco, estavam emocionalmente sozinhas, sem uma rede de apoio e sem saber como lidar com tantas mudanças e desafios que a gravidez exige.
“É emocionante ver como o grupo cresceu e se tornou uma referência para tantas mulheres. A cada encontro, percebemos que elas saem mais fortalecidas, não apenas como mães, mas como mulheres que entendem seus direitos e seu valor”, afirma Alana Ribeiro.
Alana Ribeiro é terapeuta ocupacional e uma das fundadoras do grupo ‘Gestar e Amar’ | Foto: Jesiel Braga/PMM
O grupo garante um espaço seguro para dar a assistência psicológica e física para mães e seus bebês | Foto: Jesiel Braga/PMM
Ana Camila Brito é moradora do bairro Brasil Novo e esteve nesta quarta-feira (12), no centro de especialidades para participar das atividades do grupo ‘Gestar e Amar’. Aos cinco meses de gravidez e há dois diagnosticada como gestação de alto risco, Ana relata a segurança em receber o apoio e assistência de toda a equipe profissional do espaço.
“Essa é a minha segunda gravidez de alto risco e eu lembro bem de que foi difícil passar por tudo isso sem um apoio completo de saúde. Agora está sendo tudo mais fácil e a experiência é completamente diferente. Agradeço demais”, relata Ana Camila Brito.
Ana Carolina Brito é moradora do bairro Brasil Novo | Foto: Jesiel Braga/PMM
| Foto: Jesiel Braga/PMM
Durante o aniversário, as gestantes presentes e seus parceiros participaram de palestras sobre os cuidados com os recém-nascidos, realizaram atividades interativas e receberam brindes da equipe do ambulatório.
A enfermeira obstétrica, Carina Mendes, relata que salvar vidas é a prioridade da gestão municipal e que o projeto conclui o primeiro ano com grandes resultados, graças aos esforços conjuntos da equipe e à abertura das mães com o projeto.
“O trabalho realizado no grupo tem mostrado resultados significativos e seguimos empenhados em ampliar o acesso e a qualidade do atendimento para que mais mulheres possam viver uma gestação segura e saudável”, relata a enfermeira Carina Mendes.
Por Matheus Gomes