Clínicas‑Escola Coração Azul ampliam horário de atendimento

A capital amapaense conta com duas Clínicas-Escolas Coração Azul, entregues à população pela Prefeitura de Macapá. A primeira unidade foi inaugurada em maio de 2021 e está localizada no bairro Santa Rita, área central da cidade. A segunda foi entregue à população da zona norte em março deste ano.
Cada unidade atende, em média, 200 estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculados na rede municipal de ensino, totalizando cerca de 400 alunos assistidos anualmente.
Diante da grande demanda por atendimentos, a prefeitura estendeu o horário de funcionamento das clínicas-escolas para melhor acolher as necessidades dos alunos.
Atualmente, os atendimentos ocorrem nos seguintes turnos:
“O horário estendido vem para suprir as demandas dos alunos. Isso é particularmente importante, pois possibilita um acompanhamento ainda mais humanizado, de acordo com as necessidades de cada estudante”, destacou Flávio Aires, diretor da Clínica-Escola Coração Azul da Zona Norte.
Flávio Aires, diretor da clínica-escola Coração Azul Zona Norte | Foto: Merlin Pires /PMM
As clínicas contam com equipamentos e recursos que estimulam os sentidos táteis, auditivos, visuais, além de força, movimento e equilíbrio, aspectos fundamentais para a percepção, organização e comportamento dos estudantes.
A educadora física Carlene Pena ressaltou os benefícios da estimulação aquática, oferecida nas unidades.
“A estimulação aquática é uma abordagem terapêutica que utiliza a água para promover o desenvolvimento motor, sensorial, cognitivo e social. A experiência sensorial ajuda as crianças a melhorarem o equilíbrio, a coordenação motora, a força muscular e a consciência corporal, ao mesmo tempo em que proporciona relaxamento e alivia a ansiedade”, disse.
Educadora física, Carlene Pena | Foto: Merlin Pires /PMM
Para receber atendimento nas clínicas-escolas, é necessário que a criança esteja regularmente matriculada em escola pública do município, do 1º período da educação infantil até o 5º ano do ensino fundamental.
No caso de crianças sem laudo formal de TEA, mas que apresentam sinais do transtorno, o processo tem início com uma anamnese realizada pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE), em conjunto com os pais.
Após o preenchimento do formulário com as especificidades observadas, o relatório é encaminhado a uma das unidades da Clínica-Escola, onde a criança passa por nova avaliação para definição das principais necessidades e do fluxo de atendimento.
De acordo com a avaliação individual, a criança pode ser encaminhada para atendimento em diversas especialidades: psicologia, fonoaudiologia, psicopedagogia, fisioterapia, entre outras disponíveis na instituição ou em outros serviços públicos.
O atendimento nas Clínicas-Escolas é realizado no contraturno escolar, de forma a não prejudicar a frequência do aluno em sala de aula.
| Fotos: Merlin Pires /PMM