As galerias da Assembleia Legislativa do Estado de Amapá (Alap) ficou lotada durante a audiência pública denominada “PEC dos Excluídos”, requerida pela deputada Telma Nery (Cidadania). O evento ocorreu na manhã de hoje (1), com a participação de representantes do Governo do Estado, de políticos detentores de mandatos no Senado e na Câmara Federal, além da Associação dos Excluídos das PECs da Transposição do Amapá.

O debate sobre um tema de tão elevada importância mostra a essas quase 2 mil pessoas que não estão sozinhas. “Elas estão lutando por seus direitos, pois estava tudo certo para que fossem contempladas, mas foram excluídas por um decreto presidencial”, relatou a deputada Telma Nery.  “Estamos dando oportunidade para usarem a tribuna da Casa do Povo. São pessoas que trabalharam pelo Estado, contribuíram de alguma forma para o desenvolvimento. Portanto, merecem respeito”.

Telma Nery abraçou a causa dos atingidos pela PEC dos Excluídos, inclusive está propondo se deslocar até Brasília com os representantes da Associação para pedir audiência com os senadores. Ainda na manhã de ontem (1), o deputado federal Josenildo Abrantes entrou em contato com a deputada para informar que não pôde estar na audiência pública devido importantes votações na Câmara Federal. Ao mesmo tempo, afirmou que estará se reunindo com a deputada na próxima semana, em Macapá, para discutir o assunto.

A secretária estadual de Transposição, Anne Marques, informou que está em tramitação no Congresso Nacional a PEC 47 (antiga PEC 07), que cria possiblidades desses servidores serem incluídos. “Hoje ela está na Câmara, mas já foi aprovada por unanimidade no Senado. Como esse processo está em análise, esses servidores podem ter seu direito consagrado, se assim a legislação entender e permitir”.

A pastora Patrícia da Silva, presidente da Associação dos Excluídos das PECs da Transposição, acredita que através da Casa do Povo as reivindicações vão chegar até Brasília para obter apoio dos deputados federais e senadores do Estado do Amapá. Na ocasião, justificou a luta pelo pleito. “Nós também trabalhamos para o desenvolvimento desse Estado. Se não fosse a nossa força de trabalho, o território continuaria sendo território, porque os concursados eram poucos. Foi a nossa força de trabalho que desenvolveu esse território para se transformar em Estado”.

Texto e Foto: Jorge Cesar