Riscos de afogamento em balneários

Durante o período de férias, é costumeiro que a população procure lugares para passar o fim de semana em família e os balneários são os lugares mais frequentados. Porém, cuidados precisam ser tomados durante os momentos de lazer em rios e balneários. Para isso, o Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBMAP) faz orientações à população.
O tenente BM Paulo Roberto, da sessão de mergulho do CBMAP e da sessão de pessoal do Grupamento Marítimo e Fluvial, disse observar descuido por parte dos pais responsáveis quando levam crianças para onde tem rios e piscinas. “Os responsáveis devem estar (na distância) de pelo menos um braço, porque a gente sabe que um segundo é suficiente para ocorrer um incidente”.
Outra situação observada ocorre somente com os homens: mistura de bebida alcoólica com banho em rio. Quando isso ocorre, a pessoa acaba perdendo a noção de algumas situações, principalmente referente a distância, se distancia da margem e, quando percebe, não consegue retornar. “O bombeiro tende a atuar nessas situações. Trabalhamos não somente nos meses de férias, mas anualmente com prevenção”, frisou o tenente.
Nos finais de semana observa-se a presença de bombeiros na orla de Macapá, na Fazendinha e no Curiaú. O banhista que não conhece o ambiente, precisa buscar orientação junto aos guarda-vidas para se informar sobre o melhor local para tomar o banho, onde é menos perigoso. No balneário da Fazendinha, por exemplo, para quem chega e não conhece a região, não sabe que alguns metros da margem tem um canal muito profundo. Se o banhista não tiver uma boa condição técnica de natação, pode vir de repente a cair no canal, ser acometido pelo pânico e, assim, iniciar o processo de afogamento.
A orla de Macapá não é uma área propícia para banho porque não tem praia, apenas muro. Na dinâmica do rio as ondas batem no muro e volta. É muito perigoso quando a maré está cheia, principalmente para crianças e para quem ingeriu bebida alcoólica. “Pular nesse ambiente é muito perigoso porque a pessoa não vai conseguir com facilidade retornar para a margem”, avisou tenente Paulo Roberto.
O CBM alerta as pessoas para não entrar na água para fazer um salvamento, caso não seja qualificada para isso. Mas pode utilizar meios, como por exemplo, lançar uma cuba, uma corda ou uma garrafa PET de dois litros para auxiliar quem está prestes a se afogar.
Texto: Jorge Cesar | Foto: Sgt BM Vicente