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Parabéns, Macapá! 265 anos de tradição, fé e crescimento

Apresentamos a cidade e suas transformações pelo olhar do amapaense

Jornal O Amapá | 04/02/2023

Parabéns, Macapá! 265 anos de tradição, fé e crescimento
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O dia 4 de fevereiro é uma data muito especial do ano! Sabe qual é? É o aniversário de MacapáSão 265 anos da capital brasileira banhada pelo Rio Amazonas, cortada pela Linha do Equador e abençoada pelo padroeiro São José. Macapá, a cidade joia da Amazônia. 

Os moradores mais antigos são saudosos e dizem em alto e bom som que Macapá já não é aquela de antigamente, onde todos se conheciam e a diversão se concentrava nas tertúlias, que ocorriam nas sedes dos clubes e no antigo Círculo Militar. 

Hoje em dia, a cidade tem cerca de 520 mil habitantes, concentrando cerca de 60% da população do Amapá. Mesmo assim, ainda apresenta um mercado rústico de peixes, camarão e açaí. É uma capital com traços típicos do povo ribeirinho e haja chuva nesta época do ano!

Macapá pelo olhar do amapaense

Agora, o que o amapaense pensa de sua capital? Qual o local que mais identifica a cidade? Que expressão mais caracteriza o macapaense? E o que esperar do futuro?

Pelas ruas e pontos turísticos de Macapá, conversamos com alguns moradores e visitantes, entre eles, a agricultora Dilsa Ferreira, que é da comunidade de Aporema, no município de Tartarugalzinho, mas sempre vem a Macapá.

Eu moro no interior, mas adoro vir para Macapá e andar pela cidade. Gosto de ir nas praças, de beber um tacacá e sempre quis apreciar a Fortaleza e, agora, estou conhecendo o monumento: é tudo muito lindo! Espero sempre o melhor dessa cidade!, destacou.  

Seguindo pelas ruas e avenidas do centro de Macapá encontramos, na Casa do Artesão, o senhor Gervandro Machado, que falou da sua admiração por sua cidade natal e do vocabulário, que considera engraçado.    

Gosto de todos os pontos turísticos e sempre estou passeando pela orla, Praça do Coco e, aqui, na Casa do Artesão, às vezes comprando ou só admirando o trabalho artístico dos artesãos. O que me chama atenção, é a forma que falamos, como usamos o bacana, o égua, mano, ta lá outras expressões! Tudo isso forma Macapá, disse entusiasmado.

Ouvindo os amapaenses, observamos que nossa capital é amada e há esperança de que seja um lugar cada vez melhor para se viver!

A cidade se transforma

Mas, como descrevemos anteriormente, Macapá vem mudando e começa a apresentar características de cidade grande. A capital tem cada vez mais prédios e grandes obras de mobilidade urbana ganham espaço, como o Viaduto da Rodovia Duca Serra.

E Macapá, como crescestes! A vacaria virou o bairro Santa Inês, a beira é o centro comercial, a Guarda Territorial passou a ser Policia Militar, a intendência agora é museu, o prédio do antigo Instituto de Educação agora é a Universidade do Estado do Amapá e o Ginásio de Macapá (GM) é a atual Escola Estadual Antônio Cordeiro Pontes.  

Apesar do crescimento, a cultura com som da caixa e o batuque do marabaixo continua forte. Os ladrões (cantigas do marabaixo) das rodas marabaixeiras seguem vivas no ecoar do povo tradicional do Laguinho (Julião Ramos), da Favela (Santa Rita) e do Curiaú (área quilombola). E, assim, passamos pelos campos culturais sempre desfrutando de uma gengibirra.

Ah, e, depois de tudo isso, parafraseando o nosso artista Nivito Guedes, Quer saber onde estamos?

"Quer saber

Onde eu tô?

Tô no norte do Brasil

Eu tô em Macapá

Dançando marabaixo

Tomando gengibirra

Coisa de nossa origem .... é um paraíso na terra / E nada é igual aqui"

Histórico

Macapá foi fundada oficialmente em 4 de fevereiro de 1758 pelo Capitão General do Estado do Grão-Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado.  

Antes de se chamar Macapá, o local tinha o nome de Adelantado de Nueva Andaluzia, uma concessão dada a 1544 ao navegador Francisco de Orellana pelo rei espanhol Carlos V.