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OAB Amapá tem se destacado no cenário local e nacional

Jornal O Amapá | 15/04/2025

OAB Amapá tem se destacado no cenário local e nacional
Presidente Israel da Graça anseia tornar a advocacia amapaense em referência nacional nas matérias ambientais
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Israel Gonçalves da Graça é o primeiro presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Amapá, formado em solo amapaense. Estudou em escola pública e pela Universidade Federal do Amapá (Unifap) detém formação em Matemática e mestrado em Direito. Casado com a contadora e bacharel em Direito Danielle dos Reis Gonçalves, com quem tem dois filhos (Maria Eduarda e João Victor), considera a família essencial para sua vida. Nascido no município de Santana, Israel era de uma família muito humilde que morava em área de ponte. Sua mãe era empregada doméstica e o pai, pedreiro. Aos 12 anos estudava em um horário e no outro, para não ficar sozinho em casa, o pai o levava para a construção civil. Meses depois passou a ser remunerado, sendo que a metade do seu ganho era para ajudar nas despesas de casa. Hoje ele é responsável por cerca de 6.300 advogados.

O Amapá: Como ocorreu a grande mudança em sua vida?

Israel da Graça: Eu cursava matemática, era aquele menino estudioso e entusiasmado. Fui trabalhar em um banco e alguém viu o meu talento. A instituição me levou para São Paulo. Lá fui lapidado e tive formação para me tornar um executivo.

O Amapá: O que pretendes na presidência da OAB? 

Israel da Graça: Eu quero tornar a advocacia amapaense referência nacional nas matérias ambientais. Quem tem que falar da Amazônia são os amazônidas, somos nós. Queremos que o Amapá seja o polo do direito ambiental, minerário, portuário, do petróleo e gás.

O Amapá: Tens planos para os municípios?

Israel da Graça: Estamos abrindo subseções em Oiapoque, Tartarugalzinho e Laranjal do Jari. Em um horizonte próximo também vamos lutar para abrir uma em Porto Grande.

O Amapá: Como pretendes resolver os problemas da categoria?

Israel da Graça: Através do diálogo. Conseguimos, por exemplo, dialogando com o Tribunal de Justiça, um púlpito móvel para os colegas cadeirantes. É algo inédito que se expandiu para todo o país. Recentemente, no Colégio de Presidentes, fiz uma proposição que fosse criada uma carteira para o auxiliar do advogado PCD (pessoa com deficiência). Portanto, já fiz duas proposituras de âmbito nacional que está mudando os olhares de inclusão. Em razão disso, fui convidado para palestrar no maior evento jurídico da América Latina, que ocorrerá em Fortaleza (CE), em maio. Estou tendo essa honra em ser a voz da advocacia e da sociedade amapaense.

 Texto e Foto: Jorge Cesar